Pessoas com problemas cardíacos não se exercitam o suficiente, diz estudo

3d illustration of human heart attack.

3d illustration of human heart attack, x-ray medical concept. Source: Getty

O estudo foi feito no Brasil e na Austrália e conduzido pelo doutor David Gonzalez-Chica, da Faculdade de Medicina da Universidade de Adelaide. De acordo com Gonzalez-Chica, que morou dez anos no Brasil, pessoas com problemas cardíacos existentes ou que estão em risco de desenvolvê-los estão ignorando os conselhos médicos e não estão se exercitando o suficiente.


Gonzalez-Chica analisou os hábitos de exercício de 3000 moradores da cidade de Adelaide na Austrália e de Florianópolis, no sul do Brasil. Os resultados da pesquisa foram publicados na Plos One.

“Há evidências de que mais de 70% das pessoas que sofrem ou estão em risco de desenvolver um problema cardíaco devido a diabetes, pressão alta ou colesterol alto não seguem um programa adequado de exercícios regulares moderados ou vigorosos, o que é fundamental para evitar maiores complicações e até mortalidade,” diz o doutor Gonzalez-Chica.

Ele aponta que as pessoas com problemas cardíacos estão vivendo mais - especialmente em países de alta renda, como a Austrália -, mas sua qualidade de vida a longo prazo está sendo afetada negativamente porque não estão se exercitando e vivendo uma vida muitas vezes sedentária. O estudo concluiu ainda que pelo menos 30 minutos de atividade física moderada ou vigorosa todos os dias são recomendados para evitar o desenvolvimento ou piora de doenças cardiovasculares.

“Muitas pessoas que vivem com doenças cardiovasculares, ou que estão em risco de desenvolver a doença devido a problemas de saúde existentes, estão se exercitando muito pouco. Exercícios leves como caminhar não são suficientes.”
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O epidemiologista doutor David Gonzalez-Chica (primeiro a esquerda) pesquisou mais de 3 mil pessoas em suas casas no Brasil e na Austrália Source: Supplied
“Doenças cardíacas são responsáveis ​​por 31% das mortes no mundo. Embora a maioria dessas mortes ocorra em países de baixa e média renda, como o Brasil, a condição é responsável por uma proporção crescente de doenças em países de alta renda, como a Austrália ”, diz o doutor Gonzalez-Chica.
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O doutor David Gonzalez-Chica é do Equador mas morou dez anos no Brasil Source: Supplied
Em todo o mundo, o fardo das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco é um problema crescente de saúde pública. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as doenças não transmissíveis causarão uma perda global de US $ 47 trilhões nas próximas duas décadas, sendo a doença cardiovascular o contribuinte mais importante.

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